domingo, 29 de agosto de 2010

Como surgiu a Pomada Vovô Pedro

O Centro Espírita Campos Vergal da Colônia de Hansenianos Santa Izabel, em Betim, na Grande BH, regurgitava de internos. Seu Diretor, o "Pipoca", como todos o chamavam, extraordinário Espírito, espírita, não cabia em si de contentamento. Afinal, não se tinha notícia do lançamento de um livro em uma colônia de hansenianos, muito menos no Centro Espírita de uma delas.

À frente, sucediam-se os oradores, ressaltando a importância do fato. À mesa, ao lado do Pipoca, de cenho fechado, o médium João Nunes Maia e uma pilha do livro "Além do Ódio", um romance que lhe fora ditado pelo Espírito Sinhozinho Cardoso, cujo enredo se baseia em episódio da época da escravatura.

Nunes Maia ali estava a pedido do Espírito Niquinha, personagem do romance que, na trama, desencarna ali em virtude do mal de Hansen e que lhe pediu que fizesse o lançamento ali, por ocasião de um desdobramento do médium. João Nunes Maia estava visivelmente preocupado. Dois eram os motivos de sua preocupação. O primeiro porque jamais teria coragem de cobrar os 105 livros que levara para o lançamento, o segundo era que estava precisando do dinheiro para pagar a edição e providenciar a edição de outros livros que "reclamavam" divulgação, já prontos para entrar no prelo. Além disso, via à sua frente mais de quatrocentos irmãos hansenianos. Como resolver esse problema se levara apenas 105 livros?

Pipoca, certamente acionado por algum amigo espiritual, falou-lhe ao ouvido. Não se preocupe! Conheço todos que aqui estão. Dê apenas um livro a cada família! Que alívio. Foi como se uma aragem fresca inundasse os pulmões do médium "Como não pensei nisto?" Voltou-se, emocionado, para o Pipoca, e apertou-lhe significativamente o braço esquálido e já macerado pela insidiosa enfermidade, que contudo, recebera a manifestação de carinho como benção do Mais Alto.

Finda a reunião Pipoca informou aos presentes o sistema a ser adotado para a doação e o autógrafo nos livros. Organizasse a fila, o médium subscreve dedicatória. A pilha de livros vai baixando... Nunes enruga de novo a testa. Mas, oh "Bondade Divina", ao subscrever o último volume que levara a fila já não existia. A matemática do Alto funcionou, levara 105 volumes do seu romance "Além do Ódio" e 105 eram as famílias que estavam presentes no evento.

Pipoca sorria ao seu lado: o belo sorriso dos justos, dos bons. Nunes enlaçou-o num abraço cheio de vibrações, que, também, envolvia os demais, seus olhos, mesmo inundados de lágrimas, visualizaram o Espírito Niquinha, envolto em luz etérea, a sorrir-lhe agradecida.

Parecia que, com o episódio da doação dos livros, a cota de emoção espiritual do dia estava esgotada. Ledo engano.

No palco do Centro Espírita Campos Vergal, conversavam animados Nunes Maia, Pipoca e outros confrades prestes a despedir-se também.

Ao volver o olhar para o salão, João Nunes Maia registrou indescritível espetáculo espiritual. Pelos lados do auditório do Centro Espírita, à direita e à esquerda, adentravam Espíritos de escravos, envergando roupas próprias da época da escravatura, época essa tão bem descrita no livro que acabara de doar. Pelo centro do salão vinham adentrando Sinhozinho Cardoso, autor do livro, Niquinha e outros personagens da Obra, que seguiam o Espírito Miramez, que se postava à frente, ladeado por um outro Espírito, que não era do conhecimento do médium. O desconhecido trajava um casaco comprido e sua postura denotava grande elegância e envergadura moral. Novamente, o salão do "Campos Vergal" estava lotado, agora, porém, por desencarnados. Enquanto todos procuravam um lugar para sentar, Miramez e o Espírito de casaco longo se aproximaram de Nunes Maia e o desconhecido disse:

- Aqui estou para desincumbir-me de compromisso secular com Jesus, o Cristo, e com Deus, Nosso Pai Maior. Peço-lhe que anote uma receita que vou ditar-lhe e que irá aliviar ou mesmo eliminar os males de tantos e tantos - como este, indicando o Pipoca e outros internos da "Santa Izabel" e de um sem número de outras enfermidades, principalmente da pele.

Nunes Maia, um tanto aturdido, recolhe do chão uma folha de papel, que havia servido para embrulhar um pacote do livro "Além do Ódio" e a um canto se põe a anotar, emocionado, os ingredientes da receita. Ao fim do ditado, aguarda a identificação do Espírito, de tão elevada envergadura, quando da assinatura da receita. Com uma fisionomia insondável conquanto alegre, ele diz, simplesmente, Vovô Pedro.

Ante a surpresa estampada no rosto do médium, o Espírito aduz:

- É preferível que as coisas simples tenham nomes simples. Uma observação, porém; o preço deste medicamento deverá ser um e apenas um - "Deus LHE PAGUE".

Cumprimentando-o à maneira da época de sua última encarnação, o Espírito, nimbado de luz, despede-se e se volta para retirar-se. Miramez dirige ao médium significativo olhar e lentamente, todos os Espíritos se retiram do salão, logo após.

Com o precioso papel na mão, novamente envolto em elevadas vibrações, Nunes Maia se aproxima do grupo em animada conversa. Antes, porém, rebusca a memória, procurando a identidade daquele Espírito tão agradável quanto elevado. Lembra-se, finalmente: "Mesmer!" Aquele Espírito era Mesmer, o extraordinário advogado, teólogo, doutor em Filosofia e Medicina que assombrara o mundo com as curas através do que chamou "magnetismo animal", ao fim do século XVIII. Era Mesmer que, também, está citado no livro "Além do Ódio" e que encontrou naquele abençoado dia a vibração propícia para ditar-lhe a receita da hoje afamada "Pomada do Vovô Pedro", que tanto bem vem semeando no Brasil e além fronteira pelo preço combinado: "Deus Lhe Pague".

(Publicado no Correio Fraterno do ABC Nº 368 de Setembro de 2001)
(Texto extraído do site Portal do Espírito)

domingo, 22 de agosto de 2010

Reconhece-se o verdadeiro espírita...

Segundo Allan Kardec:
"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações".


Verificamos que o espiritismo nos mostra que somos espíritos em evolução, que esta evolução não será alcançada por passe de mágica ou será dada de presente por algum ente querido, mas sim que devemos caminhar para Deus sempre na direção certa.

Em todos os momentos e situações de nossa vida, o espírita é convidado a uma auto-análise das suas ações para com todos aqueles que temos contato no dia-a-dia. Caso alguma de nossas ações ou palavras não tenha sido muito louvável, devemos analisar e nos policiar para que em outra oportunidade façamos diferente.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Nosso Lar estréia em duas semanas


Muita ansiedade para a estréia de Nosso Lar nos cinemas brasileiros. Em duas semanas estará na grande tela dos cinemas o filme baseado no grande bestseller do espírito André Luiz psicografado por Francisco Cândido Xavier de mesmo nome. Temos fé no sucesso deste trabalho e esperança que a mensagem do filme seja assimilada por muitos dos que ainda não leram a obra ou não conheçam o espiritismo.

sábado, 14 de agosto de 2010

Cada caso é um caso

Quando lemos bastante livros espíritas que tratam da lei de ação e reação, vemos bastante exemplos de ações e suas devidas consequências, ou seja, suas reações, sendo normal pensarmos que podemos analisar todo caso e dizer exatamente como a justiça divina julgou determinada ação.

Mas esquecemos que não possuímos ainda todo o conhecimento dos fatos e principalmente das intenções que levaram à ação realizada. Levando-nos a fazer um julgamento imperfeito, prematuro e inocente, contrariando o que Jesus nos recomendou quando disse para não julgarmos. Um exemplo seria dizer que todo aquele que encerra prematuramente sua vida vai ao vale do suicida. Caso este ato contra a lei de Deus tenha sido feito durante um surto psicótico, muitas vezes sua intensão não era deixar o mundo carnal, mas momentaneamente esta pessoa não estava agindo racionalmente. Tudo é levado em consideração pela Justiça Divina.

A verdade é que temos que ter cuidado quando citamos determinados atos lamentáveis de outras pessoas para não cometermos erros. Devemos sim lembrar que a Justiça Divina é perfeita e rezar para todos aqueles que sairam da estrada reta que leva a Deus.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Todo Espírita é Kardecista?

Ao lançar "O Livro dos Espíritos" em 18 de abril de 1857, o professor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail sob o codnome Allan Kardec, cria duas novas palavras para designar as novas idéias que estavam indo a público neste livro. Estas novas palavras foram Espiritismo e Espírita.

A palavra Espiritismo foi criada para diferenciar o conjunto de idéias codificadas por Allan Kardec, da já existente palavra Espiritualismo. E a palavra Espírita foi criada para designar todo aquele que acredita e tenta seguir os ensinamentos da Doutrina Espírita ou do Espiritismo.

Logo, quando alguém se diz Espírita conclui-se que esta pessoa estuda e aplica a Doutrina Espírita em sua vida. Uma forma redundante do uso da palavra Espírita é dizer-se Espírita-Kardecista. Sendo Allan Kardec o criador da palavra Espírita, por lógica não se pode desassociar a mesma deste. Também não é corretamente usado afirmar-se Kardecista, pois não foi Allan Kardec que criou a Doutrina Espírita, esta foi fruto de várias comunicações com os espíritos desencarnados, sendo organizadas e catalogadas pelo autor francês.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Nosso Lar entre os dez mais vendidos

Há um mês da estréia do filme Nosso Lar. Livro que originou o filme de mesmo nome é o quinto mais vendido pela lista da Veja de 4 de agosto de 2010.